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Diante de movimento para eleições diretas para o Conselho Federal da OAB, o presidente da OAB/Uberaba, Vicente Flávio se mostrou contrário à proposta, ao menos no atual cenário e condições. Segundo ele, seria um sonho espetacular cada advogado votar diretamente para presidência da OAB Federal, no exercício da democracia, em substituição à eleição indireta, como ocorre hoje. Mas existem inconveniências intransponíveis, pois o Brasil possui grandes dimensões e o candidato teria que percorrer todo Brasil para apresentar suas propostas e angariar simpatia dos eleitores.
“Não vejo possibilidade de um advogado militante ter dinheiro e logística para deixar seus afazeres e disponibilizar tempo suficiente para a campanha, onde seriam necessários milhões de reais para se fazer conhecido, pela pura vontade de servir a classe”, disse o presidente. Para ele, essa notoriedade nacional atrairia a atenção dos partidos políticos, dos lobistas, das grandes corporações, que lançariam candidatos fora da militância, mas inscritos nos quadros da OAB, para servir aos propósitos dos investidores na campanha e dali ser lançado na disputa à sucessão da presidente Dilma, dos governos estaduais ou de vagas em Ministérios e Supremo Tribunal Federal. “Caso isso ocorra, a OAB perderá sua independência. Perderíamos todos”, enfatizou Vicente Flávio.